A Anatel publicou, nesta sexta-feira (4), ato estabelecendo os Pontos de Troca de Tráfego (PTTs) em atendimento a dispositivo do Plano Geral de Metas de Competição (PGMC). A decisão foi de exigir, de cada grupo com Poder de Mercado Significativo (PMS)
a implantação de seis pontos nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Curitiba, Brasília e Fortaleza.
Os PTTs integrarão as Ofertas de Referência de Transporte de Dados em Alta Capacidade, de Interconexão para Trânsito de Dados e de Interconexão para Troca de Tráfego de Dados, dos respectivos Grupos Econômicos detentores
de PMS responsáveis pelo seu atendimento. A proposta original, que passou por consulta pública, previa um número maior de pontos de troca de tráfego.
Segundo a área técnica, a opção de implantação de um PTT por operadora com poder de mercado nesses municípios atende ao que exige o PGMC. “O PTT opera como um facilitador para qualquer provedor de Internet, independentemente
de seu porte ou localização geográfica, concentrando fornecedores de conteúdo, provedores de acesso à Internet e provedores de trânsito, além de racionalizar o roteamento do tráfego em nível nacional e internacional”, sustenta
o parecer técnico.
No entendimento da área técnica, não restam dúvidas de que a medida assimétrica estabelecida é recomendável e pró-competitiva, alcançando deste modo os objetivos propostos no PGMC, em especial quanto ao desenvolvimento
da Internet no Brasil e com menor custo para o usuário final.
Dessa forma, em São Paulo, são obrigadas a implantar um PTT a Oi, Vivo, Claro, TIM e Algar. No Rio de Janeiro, a obrigação recai para as mesmas prestadoras. Já em Porto Alegre, apenas a Algar não precisa instalar o PTT.
Em Curitiba, além da Oi, Vivo, Claro e TIM, a Algar e a Copel também precisam implantar um ponto de troca de tráfego. Em Brasília, a obrigação vale para todas as prestadoras, com exceção da Copel. E em Fortaleza, apenas
Oi, Vivo, Claro e TIM terão que instalar o PTT.
De acordo com dados divulgados pela pesquisa anual da Fundação Getúlio Vargas sobre uso de tecnologia, o Brasil possui hoje 220 milhões de smartphones ativos, o que supera os 207,6 milhões de habitantes levantados pelos dados mais
recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Isso apenas em celulares, mas se levarmos em conta outros dispositivos móveis como notebooks e tablets, a pesquisa 29ª Pesquisa Anual de Administração
e Uso de Tecnologia da Informação nas Empresas identificou que já são mais de 306 milhões de aparelhos ativos em todo o Brasil.
Em um contexto como este, principalmente quando, de acordo com pesquisa TIC Domicílios 2017, mais de 58% da população acessa a internet por dispositivos móveis, não tem como não pensar em segurança.
Um exemplo recente da necessidade da segurança cibernética, tanto em desktops quanto em aparelhos móveis, foi registrado no estado de Santa Catarina nos últimos dois meses, em que houve uma forte instabilidade nos serviços
de internet e de notas fiscais eletrônicas disponibilizadas pela prefeitura de Florianópolis. As oscilações no sinal de internet, tanto por cabo quanto por Wi-Fi, tiveram sua causa atribuída a ataques cibernéticos praticados diretamente
contra as organizações atingidas, o que acabou por afetar também milhões de usuários destes serviços. Peritos da área de cibercrimes estão investigando as possíveis motivações a esses ataques, mas vale o alerta relacionado à proteção
por meio de soluções de segurança da informação, principalmente para empresas.
André Junges, diretor de Marketing e Vendas da empresa especializada em soluções integradas de segurança da informação Microservice, afirma que ter apenas um firewall, mesmo que seja de última geração, não garante mais
a segurança do negócio. “O firewall é apenas uma das camadas que compõem a segurança da informação. A partir do momento que acontece um ataque ou que um malware utiliza de brechas para se infiltrar, ele não consegue mais atuar
sobre o problema e garantir a segurança do negócio”.
Para Junges, os hackers miram em organizações inteiras, criptografando diversos dispositivos, o que contribui para o surgimento de novas famílias de ransomware.
No mundo das informações e tecnologia interconectadas, as pessoas, empresas e seus dados ficam muito mais expostos e as informações circulam com muito mais velocidade. Isso porque, ao mesmo tempo que são desenvolvidas
tecnologias para rastreamento de dados e monitoramento do comportamento dos usuários para entender melhor de que forma eles interagem com os recursos digitais, existe também o outro lado: o uso da tecnologia utilizada para fins
ilícitos, como a clonagem de informações, a invasão de sistemas e o sequestro de dados em troca de altas recompensas financeiras.
Uma prática que tem se tornado cada vez mais comum é a de BYOD, do inglês Bring Your Own Device, que significa o colaborador levar o próprio aparelho portátil para o escritório. Ao adotar este modelo, as empresas agradam
seus colaboradores, mas atraem também maiores chances de ataques cibernéticos. Isso porque o gerenciamento de segurança nesses dispositivos, que pertencem a cada colaborador, torna-se muito mais complexo de ser realizado. Descuidos
de colaboradores e perda ou roubo dos dispositivos portáteis são alguns exemplos de como o fator humano é o elo mais fraco da segurança da informação.
A Multilaser PRO, uma das marcas do Grupo Multilaser, fornecerá soluções com foco no mercado de provedores de internet para a Parceria Público Privada Piauí Conectado. A PPP será implementada primeiramente para uma rede do governo com dois modelos de
produtos que utilizam a tecnologia GPON.
No projeto, serão utilizados produtos como OLT C320 (RE884) que é o equipamento concentrador de assinantes, onde é feito o processamento de sinal de rede óptica e gerenciado o acesso à internet, e a ONT F660 (RE883), receptora
do sinal de rede enviado pela central do provedor, que libera o acesso à internet para o cliente final."Temos uma linha de produtos by ZTE desenvolvida exclusivamente para o mercado de provedores de internet com qualidade e ótimo
custo-benefício. Com esse lançamento surgiu a oportunidade de participar desse projeto junto com a Globaltask, fornecendo nossos equipamentos nesta parceria público privada que visa melhorar a transmissão de dados e voz no estado
do Piauí, garantido assim internet mais rápida para o governo interligar todo o estado", afirma Filipe Knabben, responsável pelo desenvolvimento de produtos – Linha de provedores da Multilaser.
Com prazo de implantação de dois anos, o projeto Piauí Conectado se estenderá por 96 municípios e contará com 1.500 pontos de atendimento, além de instalar mais de 5.000 quilômetros de fibra ótica a partir de janeiro de
2019.